Grazielle David é
formada em fisioterapia pela UEG, mas quis a vida que ela atuasse em
um mercado bem diferente da área de saúde. Hoje assessora política
do Instituto Nacional de Estudos Sócio Econômicos (INESC), sediado
em Brasília, ela viaja pelo Brasil e o mundo dando palestras e
participando de seminários e debates sobre sonegação fiscal,
previdência social e outros temas econômicos. Apenas no ano
passado, foram 12 viagens ao exterior desempenhando esse trabalho.
A mudança profissional
da goiana começou quando ela foi fazer mestrado e doutorado na
Universidade de Brasília, em 2012. Ao estudar saúde pública,
Grazielle se interessou por pesquisar a respeito das verbas
destinadas à saúde, o que a despertou para a área tributária e
fiscal. O aprofundamento nas pesquisas foi tanto que ela decidiu
abandonar o caminho como fisioterapeuta e se dedicar ao trabalho de
orientar as pessoas sobre a importância da fiscalização do uso dos
tributos.
Um trabalho próximo ao
que o pai dela desempenhou a vida toda. Grazielle é filha do colega
Gilvan David, auditor fiscal aposentado e atualmente advogado
tributarista. Foi Gilvan, orgulhoso, que trouxe à Affego um exemplar
da revista do XVII Congresso Nacional do Fisco Estadual e Distrital
(Conafisco), em que Grazielle é destaque na reportagem de capa,
“Sonegação Fiscal atrasa o país”.
Ela participou do XVII
Conafisco, em Belém, ocorrido entre os dias 27 de novembro e 1º de
dezembro de 2016, e foi uma das principais debatedoras ao lado dos
também especialistas na área tributária Eurico Santi, e José
Tostes Neto.
Leia abaixo um trecho
da reportagem da revista do XVII Conafisco em que Grazielle é
destaque:
Contundente,
Grazielle David também lembrou que a sonegação fiscal é corrupção
e assim deve ser tipificada pela opinião pública e no corpo das
leis. E que as elites, por concentrarem tantas riquezas num país
desigual como o Brasil, são as maiores responsáveis por sua
prática; já os mais prejudicados, os trabalhadores e a classe
média.
No círculo vicioso
da sonegação, observou a assessora do Inesc, a arrecadação cai,
aumentam-se os impostos e cortam-se na outra ponta, como faz o
governo atual, os gastos públicos, prejudicando setores essenciais.
“E sobre quem vai recair a conta? Ora, justamente sobre os mais
vulneráveis, aqueles que precisam da saúde pública e das escolas
públicas”, disse Grazielle, num país que ainda aplica 4% do PIB
em saúde, por exemplo, enquanto outros aplicam 7%.